19 março 2010

Desintegração...


Desintegração da memória. Desintegração de tudo.
Apatia. Apatia e indiferença. Face tudo e face a todos.
Olhar perdido e vazio. Expressão oca, opaca e morta.
Um olhar de nada, para o nada. Gestos baços e movimentos reticentes.

Às vezes é para isso que se caminha. Às vezes é assim que se fica.

Quando tudo acaba, quando já não há mais nada. Quando o que passou só deu frutos no momento, e não deixou nada para se perpetuar.
Quando o passado não deixou legado para o futuro. E quando o presente apenas num futuro parcial se irá traduzir.
De um passado reluzente. Tudo acabou. Quase nada ficou. Nada restou.
E quando tudo acaba, quando as luzes da ribalta se apagam e todo o público se vai embora, nada sobra.
Apenas fica uma sensação plena de vazio.

E é assim que ficamos na vida quando algumas coisas acabam. Nadamos em ilusões enquanto elas duram, cegos da realidade futura, nada cientes de que não duram eternamente.
E de repente tudo desaba. De repente cai-se na real. Acorda-se do sonho que nunca vai voltar. E é definitivo.

E aquilo que albergou esses bons tempos em que levitámos, lá continua...
O seu físico ainda se mantém bonito, lustroso, sumptuoso, arrogante perante a passagem do tempo. Impassível a qualquer tipo de sentimento.
Mas o seu interior já está apodrecido... e num grau de decomposição cada vez maior... que já quase não é possível acreditar que alguma vez tenha albergado algum momento daqueles.
De verde rebento, passou para um estado mais maduro e suculento... que ao não ser sustentado no futuro, apodreceu...
E nada volta mais a ser como era.
Agora é acarretar com as consequências.

Tudo se desintegra. Até a nossa memória.
E agora vem a apatia.

A apatia e a indiferença. Face tudo e face a todos.
E vem com um olhar perdido e vazio. Com uma expressão oca, opaca e morta.
Um olhar de nada, para o nada. Gestos baços e movimentos reticentes.
Às vezes é para isso que se caminha. Às vezes é assim que se fica...


13 março 2010

Music of the night...


Nighttime sharpens, heightens each sensation
Darkness turns and wakes imagination
Silently the senses abandon their defenses...

Slowly, gently, night unfurls its splendour
Grasp it, sense it, tremulous and tender

Turn your face away from the garish light of day
Turn your thoughts away from cold unfeeling light...
And listen to the music of the night...

Close your eyes and surrender to your darkest dreams
Purge your thoughts of the life you knew before
Close your eyes at your spirit start to soar...

And you'll live as you've never lived before...

Softly, deftly, music shall caress you
Hear it, feel it, secretly possess you
Open up your mind, let your fantasies unwind
In this darkness that you know you cannot fight
The darkness of the music of the night...

Let your mind start a journey through a strange new world
Leave all thoughts of the life you knew before
Let your soul take you where you long to be...

Only then can you belong to me...

Floating, falling, sweet intoxication
Touch me, trust me, savour each sensation...

Let the dream begin, let your darker side give in
To the power of the music that I write...
The power of the music of the night...


You alone can make my song take flight...
Help me make the music of the night...



09 março 2010

Uns e outros...


Só há duas ou três histórias na vida do ser humano, e repetem-se tão cruelmente como se nunca tivessem acontecido.


E se a história não tivesse imaginação?

20 anos antes... 20 anos depois...

Que poderia ter mudado para não passarmos pelos mesmos medos, estações e fracassos?

Porque será a continuação como o princípio?

Porque será o princípio como o fim?
Porque se apresenta o destino do mesmo modo?


Porque são sempre os mesmos que ninguém vem esperar?