30 maio 2008

Relações...

As relações entre as pessoas são bem complicadas! Quando começamos a pensar nisso… as ideias começam a ser tão complexas que rapidamente desistimos, só para não nos atrofiarmos…!

Pessoas… pessoas… há tantas relações que temos com pessoas… Pessoas que nos são mais próximas… pessoas que nos são mais afastadas… pessoas conhecidas… pessoas que conhecemos… pessoas que nos conhecem… pessoas desconhecidas…

A diferença entre conhecer alguém e não, é se no meio da multidão está alguém que para nós faz a diferença!

As relações das pessoas são efémeras… é difícil manter uma relação com alguém, seja do que for… e pelo que for… proximidade, afastamento… tudo é muito complexo.

Damo-nos muito com uma pessoa, todos os dias, tudo muito bem… nem damos pela relação ir evoluindo…

Mas... pelo acaso da vida, deixamos de estar tanto tempo com ela… embora de vez em quando ainda tomemos contacto… Mas ao fim de algum tempo, já somos duas pessoas estranhas uma para a outra! Criou-se um distanciamento que parece que nunca nos conhecemos!

E às vezes nem nos apercebemos, que o que nos fez manter relação com aquela pessoa durante tanto tempo, foram as pequenas coisas do dia-a-dia, que afinal tantas vezes são desprezadas…

Manter relações, o declínio de relações, depende tudo de muita coisa… Mas quanto mais afastados, mais o afastamento… Quanto mais próximas, maior a proximidade.

Mas a proximidade e o afastamento diferem, quer sejam ao nível físico ou emocional.

Ao nível da proximidade física há: a proximidade de estarmos na mesma cidade e de vivermos relativamente perto… ou a proximidade de nos vermos todos os dias no local de trabalho, etc.

Ao nível do afastamento físico, podemos estar afastados de alguém por vivermos em países diferentes ou até mesmo em continentes diferentes, mas também podemos estar afastados por incompatibilidades horárias e nunca ser possível nos encontrarmos.

Mas ao nível emocional ou afectivo… é tudo bem mais simples… Ou se está próximo, bem próximo… ou se está afastado… longe… bem bem longe…

24 maio 2008

Obsessões...

É tão bom viver levemente… estar com as pessoas de quem gostamos, aproveitar o tempo que temos para estar com elas e fazer o que gostamos… que pode ser até uma simples conversa!

É tão bom não ter ninguém a chatear… bem, quando tenho também “desligo” dessa pessoa, para não me chatear… não estou para perder o meu tempo com quem não me apetece estar nem ouvir!

A vida é tão curta que às vezes é difícil perceber como certas pessoas têm prazer e conseguem manter guerras e lutas acesas com outras pessoas…

Enfim… é não ter mesmo nada para fazer!

É tão bom viver levemente… pensar nas coisas boas da vida… há tantas! Se formos a ver bem, encontramos coisas que gostamos em cada esquina! É uma questão de estarmos alerta!

Há tanta coisa com que nos podemos entreter! E não é entreter para preencher o tempo, porque este é bem escasso… é mesmo porque gostamos de fazer essas coisas e descobrimos que há mais uma série delas que também nos agradam fazer!

Quando estamos entretidos com as nossas coisinhas e a fazer o que gostamos, somos tão felizes! E é tão horrível alguém dizer que está em X sítio para “passar o tempo”! Deve ser das coisas que me faz mais impressão ouvir! “Passar o tempo”! Ou “queimar tempo”! Ele já é tão pouco!

O problema de muitas pessoas e que as faz caírem em tédio é não arranjarem nem descobrirem nada para fazer! E ficam fixadas em X! Para elas a única meta é X!

Acham que só se põem entreter com isso! Que não há nada mais para fazer! Porque X é a ocupação standard. E como não a têm queixam-se… apenas referem as suas vidas em relação a isso.

É como que uma obsessão!

Se não tivessem isso como referência, certamente que não seriam assim tão obsessivos com apenas uma só coisa, que afinal nem nunca experimentaram!

E queixam-se continuamente… e continuam sem arranjar X e não tentam descobrir, nem se apercebem da enorme quantidade de coisas que o mundo à sua volta tem para lhes oferecer… algumas tão melhores que X…

Não… continuam fixamente obcecadas e a lamentar-se por apenas uma só coisa… Mas por essa sua forma de estar e de agir… nunca conseguirão alcançar, nem obter essa coisa pela qual são obcecadas…

14 maio 2008

As ideias não são de ninguém…


Às vezes quando estamos mais “iluminados” e temos ideias mais originais e diferentes, pensamos que foi mesmo uma genialidade! Que provavelmente mais ninguém tinha ainda pensado nisso!
Mas à medida que vamos falando com as pessoas, lendo livros, tomando conhecimento do mundo que nos rodeia e no qual estamos inseridos, vemos que não é bem assim…

Na verdade há uns tempos pensei várias coisas acerca do assunto X! estava mesmo entusiasmada e pensei que era mesmo interessante escrever algo sobre X e sobre tudo aquilo que me estava a assolar à cabeça. Certamente mais ninguém se tinha ainda lembrado daquilo, ou pelo menos exactamente aquilo que eu pensei…

Com o entusiasmo, e ao pesquisar algumas coisas, tomei noção de que o assunto X já tinha sido vastamente estudado, aprofundado e inúmeras coisas já se tinham escrito sobre X. Muito mais do que eu alguma vez imaginara!

As ideias que tive, as coisas que pensei, já tinham também passado pela cabeça de muitas pessoas…

Há uns tempos pensei coisas Y, que iria fazer daí em diante… que iria adoptar coisas Y, agir Y, ter um estilo de vida Y, devido a várias razões. “Certamente ainda ninguém se lembrou de fazer isto também!”

Quando tempos mais tarde encontrei uma colega minha, e sem eu sequer ter puxado o assunto… ela começou do nada a dizer que andava a fazer coisas Y, ter atitudes Y, e um estilo de vida Y, exactamente pelas mesmas razões que eu havia pensado para mim… !


...


Tal como o indiano e hindu Osho afirma “Os pensamentos não têm raízes, são vagabundos sem lar”...
Não nos precisamos de preocupar com eles. Basta olhar simplesmente para eles. Olhá-los sem os olhar: simplesmente.
Não lhes devemos dar abrigo na nossa mente durante muito tempo.
Eles vêm e vão como visitantes. Se permanecerem criarão infelicidade. Os pensamentos correm para baixo como água. Se alguém mais fraco que nós os apanhar, poderá torná-los destrutivos. Porque um pensamento é uma espada de dois gumes, corta-nos a nós e corta mais alguém em simultâneo.

Os pensamentos não nos pertencem. Deixemo-los ir e vir. Eles saltitam de mente em mente, sem rumo nem destino…
Na verdade, nenhum pensamento é nosso. Cada um já pertenceu a milhões de pessoas antes de nós…


09 maio 2008

E lá vai o tempo…

Os dias de Sol voltaram! Finalmente! Reconheço que a chuva é absolutamente indispensável, mas não há nada mais lindo do que um maravilhoso dia de sol!

Então destes… primaveris, com céu azul, com as flores já a brotar cheias de cores dos campos, cobrindo-os como mantos que regalam os olhos só de mirar…

E finalmente depois de uma altura de tanta coisa que fazer, quase sem tempo para respirar, aparenta vir um tempinho mais folgado… ou pelo menos não tão sufocante como os anteriores…

E finalmente dá para aproveitar a dar passeios pelo campo, pela cidade… passeios… olhar o céu, sem ter que olhar para o relógio…

Ver o sol a pôr-se até mais tarde… ouvir a música da natureza…

Apreciar as coisas boas que esta magnífica quadra do ano tem para nos oferecer.

Só é preciso abrir os olhos, pôr os instintos em alerta e deixar os sentimentos fluir…

Aquele dia soube mesmo bem… como é bom andar a passear descontraidamente… por Lisboa… pelos belos recantos e encantos que a cidade tem para oferecer…

Passear… descontraidamente… saborosamente saboreando cada cantinho onde bate o doce e ternurento solinho de fim de tarde primaveril…

E mais um dia em que o sol ao pôr-se deixou saudades… e um rasto alaranjado no horizonte…